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terça-feira, 5 de julho de 2016

AULA SOBRE SUICIDIO E EUTANÁSIA - MEJUC

"A eutanásia no Brasil é crime, e a distanasia é considerado crime?", "No ponto de vista espiritual entre eutanásia e suicidio, qual têm consequências mais graves para o espírito?"
Essas foram algumas das questões respondidas pelo Dr. Rodolfo Gadia, na aula sobre "Eutanásia e Suicidio".
Dr. Rodolfo, médico Oncologista, Espírita, através de simulações com os alunos, nos deu uma aula esclarecedora e cheia de informações importantes.
"Jamais tem o homem o direito de dispor da sua vida, porquanto só a Deus cabe retirar do cativeiro da terra, quando o julgue oportuno" - Evangelho segundo o Espiritismo



EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E MISTANÁSIA
O ESPIRITISMO PASSO A PASSO COM KARDEC - Christiano Torchi
Eutanásia vem do grego, eu (bem), thanatos (morte), isto é, morte “boa”, morte “suave”, que de suave não tem nada, como se verá adiante. Significa antecipar a morte, por motivos piedosos, por compaixão do enfermo em estado desesperador ou “terminal”.
A eutanásia apresenta várias modalidades. Na classificação mais conhecida, temos: eutanásia eugênica, eutanásia passiva ou involuntária (não consentida pelo paciente), eutanásia ativa ou voluntária (consentida), distanásia, ortotanásia e mistanásia.


A eutanásia ativa (voluntária) ou consentida é aquela em que o paciente pede para morrer ou quando lhe é sugerida a aplicação da medida extrema e ele concorda.

A distanásia tem origem nos termos gregos dis (mau) e thanatus (morte), “morte ruim” ou “morte má”. Consiste no abuso da prática do prolongamento da vida do paciente, por meios artificiais, o que torna a morte lenta e dolorosa, agravando, assim, os seus sofrimentos. O mesmo que obstinação terapêutica ou futilidade médica. Sob o ponto de vista ético, é tão censurável a prática da eutanásia comum quanto a prática da distanásia.


A ortotanásia (orto: certo; thanatus: morte; também do grego, significando a “morte no tempo certo”) consiste em se deixar o paciente experimentar a “morte natural”, assim entendida, segundo resolução do Conselho Federal de Medicina, a morte digna, em que o paciente continua recebendo todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, garantindo-lhe assistência que vise ao conforto físico, psíquico, social e espiritual, procedimento este que está em harmonia com a carta de princípios preconizada pela AME-Brasil – Associação Médico-Espírita do Brasil.

A mistanásia ocorre quando pessoas excluídas da cidadania desencarnam antes da hora, em virtude do abandono social e da miserabilidade a que são relegadas, pelo Estado e pela própria sociedade.
A Constituição Federal Brasileira, em seu art. 5o, protege a vida como sendo um bem inviolável. Do ponto de vista doutrinário-jurídico, a vida é um bem indisponível, um bem coletivo. Sob essa ótica, portanto, nem o homem nem a mulher podem ser considerados como donos absolutos do corpo. A vida não é um contrato que podemos rescindir unilateralmente. Esse entendimento encontra ressonância nos postulados da Doutrina Espírita. De fato, somos meros depositários do corpo físico, que é o primeiro empréstimo que Deus nos concede para o nosso progresso moral e intelectual, do qual deveremos prestar contas, quando retornarmos à pátria espiritual, pelo bom ou mau uso que fizemos dele. Se o homem não é capaz de criar a vida, também não tem o direito de extingui-la.
A legislação penal brasileira considera homicídio a eutanásia sem o consentimento do enfermo (eutanásia passiva), da mesma forma que considera auxílio ao suicídio a eutanásia com o consentimento do doente (eutanásia ativa). O consentimento do paciente, nestes casos, segundo alguns especialistas, tem escasso valor psicológico, devido ao grande estado de sofrimento e fragilidade em que se encontra o enfermo.


De acordo com o Código de Ética da profissão, o médico não pode contribuir, direta ou indiretamente, para apressar a morte do doente. Afinal, ele formou-se para salvar vidas e não para destruí-las!


Curiosidades:
*Países que permitem a EUTANASIA: Holanda, Suíça, Bélgica, Estados Unidos (somete em: Whashington, Oregon, Vermont, New México e Montana), Canadá (somente em Quebec).
*No Brasil a Eutanásia é proibida, consttuindo crime de homicídio simples, no artigo121 e 29.

 
SUICÍDIO


O suicídio é o ato de um indivíduo, deliberadamente, encurtar a própria vida. Suicídios acometem pessoas em todas as camadas sociais e por diversos motivos, desde depressão, problemas financeiros, amores não correspondidos e por ai vai.
Mas como vamos olhar o tema pela visão espírita vamos analisar primeiramente o que nos diz o livro dos espíritos nas perguntas 943 e 944:
943. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de
certos indivíduos?
“Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.” “Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo com as
suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação,quanto obra com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera.”
944. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.”
Vemos que segundo os espíritos a causa principal do suicídio é a ociosidade espiritual. mas o que seria isso? A pessoa que não vê objetivos na vida e nem se sente estimulada à buscar qualquer ocupação útil. Claro que isso não é unica causa, porém buscamos explorar os principais motivos antes a fim de estudarmos juntos os aspectos de problema de grande consequência para o ser.
Alguns dão fim a vida a fim de fugir dos diversos problemas causados pela vida, talvez se encontrando em situações difíceis esses espíritos buscam na morte a fuga de tamanhos sofrimentos. Kardec também busca resposta à essa indagação:
946. E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções
deste mundo?
“Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai, porém, daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso,
ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras.”
O suicídio indireto
Chama-se suicídio indireto, o ato de um ser fazer a si mesmo um mal consciente que pode lhe levar à doenças e inclusive ao óbito. Um exemplo é o ato de fumar. Todos atualmente sabem o mal que faz fumar cigarros e quem o faz tem a culpa equivalente a de um suicida comum. Um outro exemplo é o de André Luiz, na obra Nosso Lar de Chico Xavier. Nela André Luiz é acusado de suicida pois sua morte foi devido à excessos alimentares tais que seu fígado perispiritual ficou com a marca deste desequilíbrio. Existem Outros mais tipos de suicídios indiretos, que não são o ato de matar-se de imediato e propositadamente, mas sim de fazer algo que possa lhe trazer malefícios energéticos capazes de comprometer-lhe a organização física e perispiritual.
O que acontece com o espírito suicida?
Como sabemos no espiritismo cada caso é um caso e existem inúmeros fatores que podem levar à uma conclusão diferente para cada situação específica. Listarei aqui algumas das possibilidades não sendo elas todas as possíveis mas as mais comumente contadas em literaturas espíritas e em reuniões mediúnicas.
Ao se suicidar um espírito abaixa seu campo vibracional automaticamente devido ao crime cometido contra a própria vida. Isso leva à todo tipo de sensações de níveis mais baixos podendo causar no espírito incríveis sentimentos de culpa, já que no mundo espiritual a consciência do ser tem voz muito mais ativa que no mundo corporal o suicida pode sofrer por muitos anos de uma culpa que corrói o seu psiquismo levando à beira da loucura espiritual.
Também existem casos desses espíritos ficarem de tal forma tão fora de si que acabam sendo presas fáceis dos vampiros energéticos. espíritos sombrios que aproveitam-se de espíritos errantes em sofrimento para sugar-lhe as energias residuais pós-desencarne (vide a obra Nosso Lar de André Luiz).
Há também um lugar chamado vale dos suicidas, onde energeticamente os espíritos que cometessem tal ato se atraíam mutuamente. A médium Yvonne Pereira, em seu livro “Memórias de um Suicida”, fala do Vale dos Suicidas. Existem notícias em reuniões mediúnicas que o grupo de espíritos responsáveis pelo resgate neste campo espiritual chamados de Legião dos Servos de Maria. Atualmente correm notícias confirmadas em algumas reuniões mediúnicas de que o vale fora desfeito devido às reurbanizações espirituais (um tipo de limpeza energética que começa a ser feita lentamente nas regiões espirituais próximas à crosta devido à chegada do momento de elevação do planeta Terra para um mundo de regeneração). Sendo confirmado ou não sabe-se que ainda existem várias regiões no umbral onde espíritos em sofrimento, inclusive suicidas se reúnem devido à simpatia de pensamentos.
Ao reencarnar muitos suicidas vem com o órgão que foi atacado pelo suicídio indireto marcado, isso explica muitos defeitos congênitos. Podem ser espíritos que em vidas anteriores cometeram algum tipo de excesso que lhes causou uma marca perispiritual de tanta profundidade que ainda em outra vida os efeitos desta ação são percebidos em forma de distúrbios de saúde apresentados desde a infância.

 

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